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Corpo de mulher morta pelo ex-marido e jogado no rio Tietê é encontrado

do UOL

Do UOL, em São Paulo

29/05/2025 11h26Atualizada em 29/05/2025 12h16

O corpo da promotora de eventos Amanda Caroline de Almeida, 31, foi encontrado hoje em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo.

O que aconteceu

Corpo estava na barragem Edgar de Souza e foi reconhecido pelo irmão da vítima. Ela foi assassinada no dia 19 de maio. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar estão no local para preservar a cena.

Bombeiros foram acionados por pessoas que avam no local e avistaram o corpo. Buscas haviam sido encerradas ontem, após avaliação técnica da corporação e conforme protocolos operacionais.

Ex-marido confessou ter matado Amanda. À polícia, Carlos Eduardo de Souza Ribeiro, 35, afirmou que jogou o corpo da promotora de eventos no rio Tietê, em Osasco (SP). Ele foi preso em flagrante e encaminhado ao 4º Distrito Policial de Osasco.

O corpo dela foi encontrado perto de uma barragem em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo - Reprodução/GloboNews - Reprodução/GloboNews
O corpo dela foi encontrado perto de uma barragem em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo
Imagem: Reprodução/GloboNews

Suspeito contou com ajuda do irmão para se livrar do corpo. Carlos entregou o envolvimento do parente, de 38 anos, que também foi preso. Os dois podem responder pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.

O UOL tenta localizar a defesa dos irmãos. O espaço fica aberto a a manifestações.

Câmeras de segurança mostram o homem na casa da ex

Amanda Caroline de Almeida tinha três filhos com seu agressor - Reprodução/Redes sociais - Reprodução/Redes sociais
Amanda Caroline de Almeida tinha três filhos com seu agressor
Imagem: Reprodução/Redes sociais

Na noite do desaparecimento, um amigo do trabalho deu carona para a promotora até em casa. Segundo o delegado José Luiz Nogueira, do 4° DP de Osasco, ao chegarem no local, a vítima estranhou a presença do carro do ex-marido, mas mesmo assim se despediu do amigo e entrou na residência.

Inicialmente, suspeito negou envolvimento com o desaparecimento da ex-mulher. Ele teria dito em depoimento que viu Amanda pela última vez no domingo (18) e justificou ter deixado o carro perto da casa dela após problemas mecânicos no veículo.

Imagens de câmeras de segurança mostraram duas pessoas saindo da casa de Amanda com algo parecido com um corpo enrolado em um cobertor. Ao ser confrontado com essa informação, Carlos teria mudado sua versão dos fatos e confessado o crime, apontando o irmão como cúmplice, segundo a polícia.

Relacionamento do casal durou 16 anos e eles tiveram três filhos juntos: de 14, 7 e 5 anos. Conforme o delegado, o casamento teria terminado há cerca de dois ou três meses.

A suspeita da polícia é de que Carlos não aceitava o término da relação. A motivação do crime, no entanto, ainda não foi esclarecida. O carro do suspeito foi periciado e novos exames foram solicitados para auxiliar os investigadores a esclarecer as circunstâncias do crime.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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