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Hamas diz que não rejeitou proposta de cessar-fogo dos EUA, mas quer mudanças

Khalil al-Hayya, líder do Hamas - Reprodução/AP
Khalil al-Hayya, líder do Hamas Imagem: Reprodução/AP

05/06/2025 16h59Atualizada em 05/06/2025 17h50

(Reuters) - O chefe do Hamas em Gaza, Khalil al-Hayya, disse em um discurso exibido nesta quinta-feira que o grupo não rejeitou a última proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo com Israel, mas exigiu mudanças que garantiriam o fim da guerra no enclave.

O grupo está pronto para participar de uma nova rodada de negociações de cessar-fogo, e mantém a comunicação com os países mediadores, acrescentou. A última proposta dos EUA foi feita pelo enviado especial do presidente Donald Trump, Steve Witkoff.

"O movimento (Hamas) não rejeitou a proposta de Witkoff, mas exigimos algumas considerações e melhorias para garantir o fim da guerra", disse Hayya, que também é o principal negociador do Hamas, em um discurso pré-gravado em vídeo.

Hayya reiterou as exigências para o fim da guerra e a retirada das tropas israelenses de Gaza, condições rejeitadas por Israel.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em 31 de maio que, embora seu governo tenha concordado com o esboço de Witkoff, o Hamas continuava a rejeitar o plano.

A proposta prevê uma trégua de 60 dias e a troca de 28 dos 56 reféns ainda mantidos em Gaza por mais de 1.200 prisioneiros e detentos palestinos, além da entrada de ajuda humanitária no enclave.

O Hamas diz que só libertará os reféns restantes se Israel concordar em encerrar a guerra, enquanto Netanyahu promete que a guerra só terminará quando o Hamas for desarmado e eliminado de Gaza.

(Reportagem de Nidal Al Mughrabi, Yomna Ehab e Enas Alashray)

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