Quaest: 44% consideram governo Lula pior que o de Bolsonaro, e 40% melhor

Pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje mostra que 44% dos entrevistados consideram que o governo do presidente Lula (PT) é pior do que o anterior, de Jair Bolsonaro (PL).
O que aconteceu
44% dizem que o governo Lula é pior do que o de Bolsonaro; 40% afirmam que é melhor. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, as duas respostas estão empatadas tecnicamente, no limite da margem.
O governo Lula está ____ do que o governo Bolsonaro?
- Pior: 44% (era 43% na rodada anterior, de março deste ano)
- Melhor: 40% (era 39%)
- Igual: 13% (era 15%)
- Não sabe/não respondeu: 3% (era 3%)
Maioria acha que o governo atual de Lula é pior que os anteriores, de 2003 a 2010. 56% dos entrevistados disseram pensar assim, enquanto 20% disseram achar melhor, mesma porcentagem dos que acharam que é igual aos anteriores.
Comparado aos dois primeiros mandatos, este governo Lula está...?
- Pior que os anteriores: 56% (era 53% na rodada anterior, de março deste ano)
- Melhor que os anteriores: 20% (era 23%)
- Igual aos anteriores: 20% (era 20%)
- Não sabe/não respondeu: 4%
Cresce a avaliação que a gestão Lula está abaixo das expectativas. 45% responderam que o governo Lula está pior do que o esperado — 12 pontos percentuais a mais do que a última vez que essa pergunta apareceu em uma pesquisa da Quaest, em outubro ado, quando era 33%.
O governo Lula está ____ do que você esperava?
- Pior do que esperava: 45% (era 33% na rodada anterior, de outubro de 2024)
- Nem melhor, nem pior: 36% (era 36%)
- Melhor do que esperava: 16% (era 30%)
- Não sabe/não respondeu: 3%
Sobre a pesquisa: a Quaest entrevistou 2.004 brasileiros com mais de 16 anos pessoalmente, entre os dias 29 de maio a 1º de junho. O levantamento foi feito em conjunto com o banco de investimentos Genial.
Aprovação cai ao menor ponto neste mandato
A mesma pesquisa mostrou que a aprovação do governo chegou, numericamente, ao pior ponto deste mandato, de 40%. Antes, a avaliação mais baixa havia sido a anterior, de março deste ano, de 41%.
Resultado acontece em meio a sucessivas crises. Nos últimos meses, a imagem da gestão foi abalada pela revelação dos desvios no pagamento de aposentadorias e pensões do INSS, que a maior parte dos entrevistados (31%) acredita ser de responsabilidade do governo.
Além disso, também há a discussão sobre as mudanças na cobrança do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras). O anúncio feito na semana ada foi criticado por parlamentares e entidades de classe, que consideram que o governo está mexendo em uma taxa que tem função principalmente regulatória para aumentar a arrecadação. O Ministério da Fazenda recuou imediatamente de alguns dos pontos da medida, e novas alterações são aguardadas até o próximo domingo.