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Governo Trump se move para cortar contratos federais restantes com Harvard

27/05/2025 13h41

Por Nandita Bose e Nate Raymond

WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - O governo Trump planeja rescindir os contratos restantes do governo dos Estados Unidos com a Universidade Harvard, de acordo com uma carta que deverá ser enviada às agências federais nesta terça-feira.

A carta, da istração de Serviços Gerais dos EUA, orienta todas as agências federais a revisar e potencialmente rescindir ou realocar seus contratos com a Universidade Harvard, citando preocupações sobre discriminação racial em issões, supostas práticas discriminatórias de contratação e falha em proteger estudantes judeus de assédio.

Ele também faz referência à decisão da Suprema Corte no caso da organização Students for Fair issions versus Harvard e a incidentes recentes no campus, como evidências da falha da universidade em manter os padrões e os valores federais.

Uma cópia da carta, noticiada inicialmente pelo New York Times, foi vista pela Reuters. Dois funcionários do governo familiarizados com o assunto disseram que ela será enviada às agências nesta terça-feira.

Uma das autoridades disse que os contratos restantes do governo federal com a Universidade Harvard são avaliados em aproximadamente US$100 milhões.

Harvard não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A medida é a mais recente indicação da intenção do governo Trump de desestabilizar Harvard, amplamente considerada a universidade mais elitista e culturalmente influente do país, visando sua estabilidade financeira e posição global.

Desde o mês ado, o governo do presidente Donald Trump congelou aproximadamente US$3,2 bilhões em bolsas e contratos com a universidade e tentou bloquear sua capacidade de matricular estudantes internacionais.

O governo enquadrou suas ações contra Harvard como uma batalha pelos direitos civis, acusando a universidade de preconceito liberal, práticas ilegais de issão racial e tolerância ao antissemitismo.

Harvard respondeu que a briga se concentra em seus direitos da Primeira Emenda, alegando que o governo Trump busca controlar sua equipe, currículo e matrículas.

Em uma ação judicial movida no mês ado, Harvard busca recuperar mais de US$3 bilhões em financiamento federal. Em outra, movida na semana ada, a instituição pede a um tribunal federal que restaure sua capacidade de matricular estudantes internacionais.

A carta orienta as agências a enviarem uma lista de cancelamentos de contratos até 6 de junho. Além disso, contratos para serviços essenciais seriam transferidos para outros fornecedores em vez de cancelados imediatamente.

(Reportagem de Nandita Bose em Washington e Nate Raymond em Nova York)

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