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Espanha recebe reunião de países árabes e europeus para pressionar Israel sobre Gaza

25/05/2025 14h39

A comunidade internacional deveria contemplar a adoção de sanções contra Israel para interromper a guerra em Gaza, afirmou neste domingo (25) o chefe da diplomacia da Espanha, no momento em que representantes de nações europeias e do Oriente Médio, além do Brasil, iniciam em Madri uma reunião para pedir o fim da ofensiva israelense.

Vários aliados tradicionais de Israel levantaram suas vozes para aumentar a pressão, depois que o Exército israelense intensificou as operações na Faixa de Gaza contra o movimento islamista palestino Hamas. 

Israel retomou as operações militares na Faixa em 18 de março, após romper uma trégua de dois meses. E, desde 2 de março, aplicava um bloqueio total que provocou escassez de água, comida, combustíveis e medicamentos, o que gerou o temor de um cenário de fome no território palestino.

Durante a semana ada, no entanto, o país permitiu a entrada de caminhões com ajuda humanitária, informaram várias ONGs.

A reunião em Madri tem como objetivo deter a guerra "desumana" e "sem sentido" de Israel em Gaza, disse o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, antes da abertura do encontro, que tem a participação de representantes de 20 nações e organismos internacionais.

A ajuda humanitária deve entrar em Gaza "massivamente, sem condições e sem limites, e não controlada por Israel", acrescentou, antes de descrever a Faixa como uma "ferida aberta" da humanidade.

Segundo o chanceler, "devemos considerar sanções". "É preciso fazer tudo (...) considerar tudo para interromper esta guerra".

Representantes de países europeus, incluindo França, Reino Unido, Alemanha e Itália, participam ao lado de enviados do Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Turquia, Marrocos, da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica.

Também participam Brasil, Noruega, Islândia, Irlanda, Eslovênia e Espanha.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, conversou por videoconferência com seus colegas árabes neste domingo e insistirá na "necessidade de pressão coordenada" para um cessar-fogo, ajuda e libertação dos reféns do Hamas, informou seu gabinete.

Barrot também se reunirá com seu contraparte da Autoridade Palestina, Varsen Aghabekian Shahin, durante uma viagem à Armênia na próxima semana.

A guerra em Gaza começou devido ao ataque do Hamas em Israel em outubro de 2023, que matou 1.218 pessoas, de acordo com uma contagem baseada em dados oficiais.

Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 57 ainda estão cativas em Gaza. Dessas, 34 estão supostamente mortas, de acordo com o exército israelense.

Mais de 53.939 palestinos, a maioria civis, morreram em Gaza como resultado da operação militar israelense, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, que a ONU considera confiáveis.

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© Agence -Presse

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