Corinthians pede à CBF punição maior ao Palmeiras por gritos homofóbicos
O Corinthians recebeu com indignação a multa aplicada pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ao Palmeiras, após os gritos homofóbicos destinados ao atacante Ángel Romero, na Arena Barueri, em 12 de abril, pelo Campeonato Brasileiro.
O que aconteceu
O UOL teve o ao ofício enviado pelo Timão à CBF, na qual expressa preocupação com a pena leve dada ao rival. A carta é assinada por Osmar Stábile, presidente interino, e Leonardo Pantaleão, superintendente jurídico.
No documento, o Corinthians afirma que a entidade não pode ignorar a "gravidade do episódio e a reincidência do clube infrator". O STJD definiu que o Alviverde pague R$ 80 mil de multa exclusivamente pecuniária.
Vale ressaltar que a pena pode ser agravada ao infrator em caso de repetição do ato, segundo o artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Embora se reconheça a autonomia decisória das Comissões Disciplinares e a complexidade que envolve o julgamento de infrações de natureza discriminatória, não é possível ignorar a gravidade do episódio e a reincidência do clube infrator, o que, em tese, deveria ensejar sanção mais severa, conforme as balizas previstas no próprio CBJD.
Corithians, em ofício enviado à CBF
Em 2023, o Timão foi punido com um jogo de portões fechados por um episódio de homofobia nas arquibancadas da Neo Química Arena. A torcida alvinegra proferiu gritos preconceituosos contra a torcida do São Paulo, em 14 de maio daquele ano. A punição, no entanto, não se repetiu para outros clubes julgados pelo mesmo motivo.