Danilo detona seleção pré-Ancelotti e com Ednaldo: 'Bagunça'

O zagueiro Danilo, que foi capitão da seleção durante a maior parte da agem de Dorival Júnior como técnico, disparou e apontou que o ambiente estava uma bagunça.
A declaração foi dada em entrevista a Romário, referindo-se ao período pré-Ancelotti, quando o presidente da CBF ainda era Ednaldo Rodrigues. O papo com o Baixinho, inclusive, foi gravado antes da eleição que levou Samir Xaud ao comando da entidade.
Danilo disse que, do jeito que estava, a seleção não teria condição de ganhar a Copa do Mundo.
"Hoje, hoje não. Quer dizer, no futebol acredito em tudo. É até difícil falar isso, porque vão falar que o capitão da seleção brasileira vai falar que o Brasil não pode ganhar a Copa do Mundo. Hoje, do jeito que está, se você olhar para a seleção brasileira, é uma bagunça. Nós vamos ter um treinador novo agora, istrativamente nós estamos entregues a não sei o quê", afirmou o jogador.
Ancelotti já tinha sido anunciado como novo técnico da seleção. Danilo viria a ser convocado dias depois. E, com um novo técnico no horizonte, o discurso foi de projeção de melhora.
"Ninguém sabe o que vai acontecer. Mas eu acredito muito que de agora até o ano que vem as coisas possam melhorar muito. Que a pelos jogadores, pelo Ancelotti, pela capacidade de se blindar de tudo o que está acontecendo extracampo. A capacidade de se blindar das críticas, da expectativa, porque isso arrebenta", completou o zagueiro, defendendo um lado resultadista:
Falar: 'Ah, o Brasil ganhou de 2 a 0, mas jogou mal'. Meu irmão, ganhou. 'Ah, o Brasil não está jogando bem'. Eu também quero jogar bem, todo mundo quer jogar bem, não quer ar dificuldade. Mas, entre não ganhar e jogando um futebol maneiro ou ganhar jogando bem, eu prefiro ganhar. Desculpa, eu sou desses.
E a responsabilidade dos jogadores? "Ter uma figura como o Ancelotti com certeza te dá um respaldo maior, um respeito maior. Acredito que vai ter uma pressão em cima dele por resultados e talvez vá tirar um pouco dos jogadores. Mas nós, enquanto atletas, também temos que falar: "Peraí, o treinador é top, nós temos que dar um jeito, porque já trocou o treinador várias vezes e as coisas não melhoraram".
O novo chefe. "Como história de treinador, como troféus conquistados, como respeito, não tem o que falar. E eu acredito que ele vai recuperar algum respeito que a seleção brasileira perdeu nos últimos tempos. Seja nas dinâmicas de campo, de jogo, em confrontos com a arbitragem, em confronto com os outros treinadores e os outros jogadores. E também pelo externo, a questão istrativa, aquilo que o mundo vê da seleção brasileira".