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Presidente do CD do Corinthians acusa Augusto Melo de tentativa de golpe

Augusto Melo, presidente do Corinthians - RONALDO BARRETO/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Augusto Melo, presidente do Corinthians Imagem: RONALDO BARRETO/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

03/06/2025 14h30

Presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior enviou, nesta terça-feira, uma carta aos conselheiros do clube após a confusão no Parque São Jorge no último sábado. O dirigente se defendeu depois de ter seu afastamento solicitado pela Comissão de Ética e Disciplina e acusou Augusto Melo de uma "tentativa de golpe".

Afastado do Corinthians no último dia 26 de maio, Augusto Melo invadiu a sala da presidência do clube e tentou reassumir o poder por meio de um ofício, mas o documento não foi reconhecido pelo presidente interino, Osmar Stabile, que inclusive chamou a Polícia.

Augusto se baseou em uma decisão da conselheira Maria Angela de Souza Ocampos. Aliada do mandatário, ela alegou ter assumido o CD do Corinthians em meio ao pedido de afastamento de Romeu Tuma Júnior e determinou que o presidente afastado fosse reconduzido ao posto. Maria disse que todos os atos de Tuma desde o início de abril estariam anulados, dentre eles, a votação que aprovou o impeachment de Augusto Melo por conta do caso VaideBet.

Tuma dividiu a carta em seis pontos, sendo que cinco deles trataram sobre o pedido de afastamento liminar protocolado pela Comissão de Ética na última sexta-feira. Ele afirma que nunca foi notificado sobre qualquer decisão tomada pelo órgão em reunião no último dia 9 de abril e foi comunicado por Roberson de Medeiros, presidente da Comissão de Ética, que "nenhum despacho decisório sobre afastamento" foi efetuado.

O presidente do CD também destacou que, durante o período em que supostamente estaria afastado, seguiu exercendo suas funções normalmente sem qualquer tipo de oposição, inclusive por parte daqueles que "tentaram dar um golpe no Conselho".

Tuma ainda alega que a decisão da Comissão de Ética seria não só inexistente, como também ilegal, com base em artigos do Estatuto do clube. De acordo com ele, "a Comissão de Ética é órgão fracionário subordinado ao Conselho Deliberativo, e seus achados devem ser submetidos à decisão final e soberana do Conselho Deliberativo".

Neste sentido, o presidente do Conselho menciona o inciso "e" do Artigo 81 do Estatuto, que prevê que é competência do CD "julgar os membros do CD, da Diretoria, do Cori, do Conselho Fiscal e da Comissão de Ética e Disciplina, e aplicar-lhes sanções".

Em suma, Tuma afirmou que não aceitará a utilização "oportunista de uma ata de gaveta", como colocado por ele. "Afirmo, não há nada a se cumprir, pois não se cumpre ordem inexistente, sem eficácia e ilegal", disse o presidente do CD na carta.

Ao fim do escrito, Tuma ainda prometeu seguir defendendo as deliberações democraticamente tomadas pelos conselheiros e reconheceu ser seu dever, enquanto presidente do CD, "adotar as medidas legais e istrativas contra todos aqueles que atentaram contra a dignidade do Corinthians nos últimos dias".

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