Presidente interino minimiza invasão ao Corinthians: 'Maior tranquilidade'
O presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile, minimizou a invasão de torcidas organizadas ao Parque São Jorge na tarde de hoje (3).
O que aconteceu
Na visão do mandatário, a entrada forçada das organizadas no clube social foi para buscar diálogo. Ele citou que, apesar da entrada truculenta, a conversa interna foi tranquila.
O que eu soube é que eles viriam para cá no momento em que chegaram aqui na porta do Sport Club Corinthians Paulista, na maior tranquilidade. E como eu disse, a gente tem que atender todos.
Eu soube o que aconteceu lá comigo. Se aconteceu algum evento aqui fora, depois, se tiver algum problema, é um problema de Polícia e não é um problema meu. Eu tenho que fazer a minha parte melhor, que eu posso fazer pelo Corinthians.
Osmar Stabile, em coletiva
Para Stabile, a real invasão aconteceu no último sábado, quando Augusto Melo, presidente afastado, tentou retomar o poder. O interino ainda citou a importância de receber reivindicações de torcedores, da imprensa e de todos os "seguidores do Corinthians".
Não é segunda invasão, nós tivemos uma invasão no sábado. Hoje eles vieram para conversar, trouxeram as reivindicações do que eles querem e nós estamos aqui para atender todos os seguidores do Corinthians, inclusive vocês da imprensa que estão aqui aguardando todo esse tempo, temos que estar à disposição. Quem quer ser presidente do Corinthians precisa saber que isso acontece normalmente.
Osmar Stabile
Imagens gravadas por funcionários, que estavam no prédio istrativo do clube, mostraram torcedores correndo e empurrando o portão principal. Um grupo de cinco seguranças tentou impedir a entrada da massa, mas não conseguiu.
A Gaviões da Fiel chamou os atos desta tarde de "Revolução Corinthiana", em clara alusão à "Democracia Corinthiana". O movimento revolucionário do clube, liderado por Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon, na década de 1980, buscava democratizar a gestão do clube e surgiu no período de transição política no Brasil, três anos antes do fim da Ditadura Militar no país.