Topo
Esporte

Novato da seleção tenta impressionar Ancelotti e vê técnico 'comunicativo'

do UOL

Do UOL, em São Paulo

03/06/2025 10h25

Novato da vez na seleção brasileira, o zagueiro Alexsandro, do Lille, tenta aproveitar todas as oportunidades para impressionar o técnico Carlo Ancelotti. O italiano começou nesta semana o primeiro período de treinos com o Brasil e já começa a revelar seu perfil para quem não o conhecia de forma mais direta. Alexsandro era um deles.

"Pudemos conhecer, observei um pouco. Vi depois do treino que é muito comunicativo, sempre pergunta, querendo saber, dá dicas. É importante para a gente evoluir, crescer, levar toda a experiência que ele tem, as conquistas. Levar isso para os próximos jogos, classificar e chegar na Copa do Mundo", disse o defensor, em coletiva hoje, em São Paulo.

Impressão inicial. "Traz novas ideias, foi um primeiro treino. Eu estava um pouco nervoso, mas deixei tudo dentro de campo. Fiz bons trabalhos, intensos, sabendo o que temos que fazer em campo. Foi um primeiro treino muito bom para chegar no Equador e deixar tudo que ele nos ou em campo".

O que mais Alexsandro disse

Apresentação

"Sou do Rio de Janeiro, de Duque de Caxias. Tive um percurso pequeno no Brasil. Joguei no Bonsucesso, Flamengo, depois fui para a Europa. Saí do Flamengo, ei um ano e meio fazendo testes. Não consigo nenhum clube no Brasil. Fui para a terceira divisão, joguei por três anos. Segunda, subo para a primeira. E depois o Lille. Muitos aprendizados, momentos difíceis, cresci muito. Não teria chegado à seleção sem ar por isso. Estou muito feliz. Abdiquei de muita coisa, saí do Brasil novo. Tudo valeu a pena".

Interesse do Real Madrid

"Já vinha fazendo um campeonato sólido na França e na Champions. É normal chegarem clubes ao fim da temporada, ainda mais na seleção. Vi coisas do Real Madrid na internet, mas não tenho o a algo concreto, a empresa não contou nada".

Reação à convocação

"Foi um momento muito especial. Todo ano tem convocação, agora com mudança de treinador e jogadores. É a segunda pré-lista que estou. Essa eu estava muito mais, né? Pensando que eu seria convocado. A gente para pra assistir pelos grandes jogadores, agora eu estava dentro dela. Fiz churrasco com família e amigos, nos divertimos muito. Foi momento de tensão com o Ancelotti. Foi mágico. Jamais vou esquecer".

Cair a ficha

"Foi na chegada. Depois da convocação, já selecionado, eu ainda não acreditava. Pisei aqui, vi todos os jogadores, estafe, todos que trabalham dentro dessa grande seleção. Aí me dei conta de estar na seleção".

Desconfiança por jogar em time médio

"Não é a primeira vez que acontece isso. O importante é eu me conhecer, saber tudo que ei e investi para estar aqui. Todo o estafe se reuniu para convocar e conhece cada jogador. Temos que lidar com as críticas, eu mais ainda por tudo que ei. É super normal e pronto. Podem falar que é de time pequeno, mas sei que sou capaz e vou mostrar por que vim aqui".

Acreditar mais na seleção / trote

"O trote não aconteceu, mas vai acontecer, não vão deixar ar. amos momento um pouco delicado, é nítido, mas é um novo ciclo, com novo treinador e jogadores. E vamos fazer de tudo para mudar isso".

Setor que ainda não se firmou

"É natural. Normal quando não tem um jogador fixo, jogam outros. Parece meio clichê, mas vim para agregar, ganhar meu espaço pouco a pouco, no mérito, sem tirar nada de ninguém. Com mérito que quero conquistar meu espaço dentro da seleção".

Testes no Brasil

"É um motivo de muita alegria. Fui resiliente, forte, e minha família e amigos estavam por trás quando eu não tive força. Não foi fácil ar por tantos clubes no Rio e fora recebendo "não". Eu era novo, não entendia. Eu saboreio esse bom momento agora. Cresci muito em cima disso, não é mais um problema pois estou maduro e mais experiente".

Disputa na zaga

"Vou me dedicar, como me dediquei para chegar. Tenho que mostrar nos treinamentos, convencer o estafe, mostrar meu trabalho e a pessoa que eu sou fora de campo. É o trabalho, o mérito, que vão me fazer ganhar o espaço".

Percurso

"Meu percurso foi na Europa, pouco tempo no Brasil. Me fez crescer. Na Europa também foi difícil, sem minha família. Hoje estar na seleção é um privilégio. Poucos têm essa oportunidade. Quero agarrar, guardar, da mesma forma que eu guardei todas as oportunidades que tive na vida. Quando não tive, fiz acontecer. Trabalhar, me dedicar, ganhar meu espaço para dar continuidade na seleção".

Referências

"Juan, Lucio, etc. A seguir vem esse cara que vai dar entrevista depois, o Marquinhos. Referência para mim. É um líder dentro de campo, um cara incrível. Joguei contra ele muitas vezes na França. Pudemos trocar um pouco de conversa, de camisa. É um cara muito simpático, sou muito fã. Feliz de jogar ao lado dele".

Esporte