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Teatro La Scala de Milão demite funcionária que gritou "Palestina livre" em evento de gala

29/05/2025 15h00

MILÃO (Reuters) - O famoso teatro de ópera La Scala, de Milão, demitiu uma de suas funcionárias depois que ela gritou um slogan pró-Palestina em um evento de gala com a presença da primeira-ministra Giorgia Meloni neste mês, informaram dois sindicatos nesta quinta-feira.

A mulher gritou "Palestina Livre" quando Meloni estava se sentando no Royal Box em um concerto em 4 de maio em homenagem à reunião do Banco Asiático de Desenvolvimento em Milão, disseram os sindicatos do teatro. Contatado pela Reuters, o La Scala não fez comentários imediatos.

"Na ordem de demissão, assinada pelo superintendente Fortunato Ortombina, é enfatizado que ela traiu a confiança ao desobedecer às ordens de serviço, mas acreditamos que ela deu ouvidos à sua consciência", disse o sindicato CUB em um comunicado.

"Empregaremos todas as ações sindicais para defender essa corajosa garota, que tem a nossa maior solidariedade", acrescentou o CUB.

O governo da Itália tem sido um defensor declarado de Israel, mas seu ministro das Relações Exteriores disse na quarta-feira que o ataque contínuo de Israel à Faixa de Gaza havia se tornado inaceitável e tinha que parar imediatamente.

Israel lançou sua campanha contra o enclave palestino em resposta ao devastador ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez 251 reféns, de acordo com os registros israelenses.

A campanha matou mais de 54.000 palestinos, segundo as autoridades de saúde de Gaza, e deixou o enclave em ruínas.

Na Itália, os partidos de oposição estão planejando um comício em 7 de junho pedindo o fim da guerra em Gaza, enquanto os sindicatos do La Scala pediram que uma faixa fosse colocada antes das apresentações em 6 e 11 de junho dizendo "Cessar-fogo, parem os massacres".

(Reportagem de Sara Rossi)

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